Crisi Tap (compagnia di bandiera portoghese), un piano di smantellamento sulla pelle dei lavoratori.

7' di lettura

Ne parliamo con Carlos Ordez lavoratore e membro della commissione lavoratori Groundforce dell’aeroporto di Lisbona.

a cura di Daniele Cofani (operaio Alitalia)

Prima di tutto ringraziamo Carlos per la sua disponibilità in un momento di grande difficoltà generale soprattutto per i lavoratori del settore aereo. Carlos, dal Portogallo ci giungono notizie di un piano di ristrutturazione che colpirebbe la Tap e i suoi lavoratori, ce ne puoi parlare?

Il Piano di Ristrutturazione che è stato presentato, rientra nell’autorizzazione concessa al Portogallo dall’Unione Europea lo scorso giugno, affinché lo Stato conceda alla Compagnia 1.200 milioni di euro. Questa autorizzazione, concessa in pieno isolamento, non fa parte dei sostegni Covid, dal momento che la TAP, gestita privatamente, aveva gravi problemi prima della pandemia, tra cui si parlava anche di insolvenza. Già nell’autorizzazione rilasciata dalla Commissione Europea a giugno, si richiedeva la riduzione di posti di lavoro, aerei e rotte. E così ha fatto il governo portoghese, sottomettendosi ai dettami europei. Quindi oggi quello che c’è sul tavolo della trattativa è la sospensione di tutte le contrattazioni collettive nel Gruppo TAP, una diminuzione del 25% degli stipendi base sopra i 900 euro e un licenziamento collettivo di 2000 lavoratori, che significa poco più del 20% del totale.

Questa non è la prima ristrutturazione che subisce la Tap, quali sono stati i passaggi precedenti?

Infatti, nel 1994 ci fu una ristrutturazione con il governo portoghese autorizzato dalla Commissione Europea ad iniettare circa 1450 milioni di euro nella valuta dell’epoca in 4 anni, imponendo anche licenziamenti e riduzione della flotta. È stato un processo che ha preparato la società alla privatizzazione, in seguito è stato firmato un accordo per Swissair per detenere il 35% del capitale, non portato a termine a causa del fallimento della società svizzera. Si segnala inoltre che cinque anni fa la Società è stata privatizzata, un anno dopo si è assistito ad un processo di “inversione di privatizzazione” motivato dal cambio di governo del Paese e dalla conseguente alleanza di sinistra. Il governo ha fatto una mossa passando il 50% del capitale allo Stato, apparendo come garante del debito, tuttavia questa inversione ha mantenuto il controllo da parte dei privati. In questi cinque anni non ci sono stati licenziamenti, ma un aumento della flotta incontrollata “.

Pensi che dietro a tutto ciò ci siano un piano internazionale europeo (EU) ben prestabilito?

Sì, chiaramente. Come ho detto sopra, il piano di ristrutturazione è legato all’autorizzazione approvata dalla Commissione europea il 10 giugno, vi erano regole da rispettare, vale a dire riduzione della flotta e licenziamenti. Inoltre, questa crisi accentuerà il predominio delle grandi compagnie, in particolare di Lufthansa e Ryanair, che controllano metà del traffico europeo e si trovano in condizioni migliori grazie alle dimensioni e alla capacità finanziaria di conquistare il mercato nella ripresa.

Per Alitalia ci stanno proponendo il “modello Tap”, con il settore dell’handling (e non solo) terziarizzato con partecipazione azionaria della casa madre. Cosa ha comportato questo per i lavoratori Tap terziarizzati? (Groundforce)

Il “modello TAP” mi sembra essere la liberalizzazione, la precarietà e la sottomissione al settore privato e all’Unione europea, con i lavoratori che diventano l’anello più debole. Inoltre, è un modello che si avvicina sempre di più al low cost, ovvero a un servizio di qualità inferiore. Come hai detto il settore dell’handling di TAP, è stato privatizzato ma la “società madre” ha mantenuto il capitale, è stato il laboratorio per il lavoro precario attraverso agenzie di lavoro interinale e fornitori di servizi che non dovevano nemmeno rispettare la contrattazione collettiva: si è scoperto che il lavoro a turni retribuisce, alla fine del mese, poco più del salario minimo.

Grazie ancora Carlos, a nome del gruppo operativo nazionale del Flna, ma anche dai lavoratori Alitalia, vi inviamo pieno sostegno e solidarietà


Crise na Tap (companhia nacional portuguesa), um plano de desmantelamento sobre a pele dos trabalhadores.

Falamos com Carlos Ordaz, trabalhador e membro da comissão de trabalhadores Groundforce do aeroporto de Lisboa.

Aos cuidados de Daniele Cofani (operário Alitalia)

Antes de tudo agradecemos Carlos pela sua disponibilidade em um momento de grande dificuldade geral, sobretudo para os trabalhadores do setor aéreo. Carlos, de Portugal temos notícias de um plano de reestruturação que afetará a Tap e os trabalhadores, tu podes falar sobre isso?

O Plano de Reestruturação agora apresentado enquadra-se na autorização dada a Portugal pela União Europeia em junho passado para o Estado emprestar à Companhia 1200 milhões de euros. Esta autorização dada em pleno confinamento não se enquadra nos apoios COVID pois a TAP de gestão privada já estava antes da pandemia com graves problemas, falando-se inclusive em insolvencia. Na autorização dada pela comissão europeia em junho esta já exigia que fossem reduzidos postos de trabalhos, aviões e rotas. E assim fez o governo português submetendo-se aos ditames europeus. Portanto hoje o que está em cima da mesa é a suspensão de todas as contratações colectivas no Grupo TAP, a diminuição de 25% dos salários base acima dos 900 euros e um despedimento colectivo de 2000 trabalhadores o que significa um pouco mais de 20% do total.

Esta não é a primeira reestruturação que acontece na Tap, quais foram as passagens anteriores?

De facto, em 1994 houve uma reestruturação com o governo português a ser autorizado pela Comissão Europeia a injectar na moeda da altura cerca de 1450 milhões de euros ao longo de 4 anos, impondo também despedimentos e redução de frota. Foi um processo que preparava a Companhia para a privatização, mais tarde foi assinado um acordo para a Swissair deter 35% do capital que viria a cair pela falência da Companhia suíça. Assinalar ainda que há cinco anos a Companhia foi privatizada, um ano depois há um processo de “reversão da privatização” motivada pela alteração no governo do pais e a aliança de esquerda dai decorrente. O governo fez uma manobra passando 50% do capital para o Estado aparecendo como garante da dívida, contudo esta reversão manteve o controlo do lado do privado. Nestes cinco anos não houve despedimentos, mas sim aumento de frota descontrolado.”

Tu pensas que por trás de tudo isso existe um plano internacional europeu (UE) bem estabelecido?

Sim, claramente. Como disse acima o plano de Reestruturação tem ligação com a autorização aprovada pela Comissão Europeia no passado dia 10 de junho, ai foram exigidas regras para cumprir, nomeadamente: redução de frota e despedimentos. Para além disso esta crise irá acentuar o dominio das grandes companhias especialmente a Lufthansa e Ryanair que dominam metade do tráfego europeu e estão em melhores condições pela dimensão e capacidade finaceira de ganhar mercado na recuperação.

Para a Alitalia estão propondo o “modelo Tap”, com o setor di handling (não somente) terceirizado com participação acionária da casa mãe. O que ocorreu com este modelo para os trabalhadores da Tap terceirizados (Groundforce).

O “modelo TAP” parece-me a liberalização, a precariedade, e a subserviencia aos privados e à União Europeia ficando os trabalhadores como o elo mais fraco. Para além disso é um modelo que cada vez mais se aproxima das low-cost significando isto um serviço de menor qualidade. Como disse o sector de handling da TAP foi privatizado mas a “casa mãe” manteve capital, foi o laboratório para o trabalho precário através de empresas de trabalho temporário e prestadoras de serviço que nem tinham de cumprir a contratação colectiva, resultou que trabalhar por turnos dava ao final do mês pouco mais do que o salário minimo.

Obrigado mais uma vez a Carlos, em nome do grupo operativo da Frente de luta não à auteridade (FLNA), e também dos trabalhadores Alitalia, ti enviamos apoio e solidariedade.


Crisis en la TAP (compañía de bandera portuguesa), un plan de desmantelamiento en la piel de los trabajadores

Hablamos con Carlos Ordaz, trabajador y miembro de las comisiones de trabajadores en GroundForce del aeropuerto de Lisboa.

Realizado por Daniele Cofani (trabajador de Alitalia).

Ante todo agradecemos a Carlos por su disponibilidad en un momento de gran dificultad general, sobre todo para los trabajadores del sector aéreo. Carlos, de Portugal vienen noticias de un plan de reestructuracion que golpea a la TAP y sus trabajadores, ¿qué nos podéis contar?

El plan de reestructuracion que se ha presentado vuelve a entrar en la autorización, concedida a Portugal en la UE el pasado junio, por la cual el estado concedía a la compañía 1200 millones de euros. Esta autorización, concedida en pleno confinamiento, no forma parte de las ayudad por el Covid,en el momento que la TAP, gestionada privadamente, tenía graves problemas antes de la pandemia, entre los cuales se hablaba incluso de insolvencia. Ya en la autorización emitida por la Comisión Europea en junio se requería la reducción de puestos de trabajo, aviones y flota. Y así lo ha hecho el gobierno portugués, sometiendose a los dictámenes europeos.

Por lo tanto hoy en día lo q hay sobre la mesa de negociación es la suspensión de todo las contrataciones colectivas del grupo TAP, una disminución del 25% de los salarios base superiores a 900 euros y un despido colectivo de 2000 trabajadores, lo que significa un poco más del 20 % del total.

Esta no es la primera reestructuracion que sufre la TAP, ¿cuáles han sido los pasos anteriores?

De hecho en 1994 se produjo una reestructuracion con el gobierno portugués, autorizado por la Comisión Europea a inyectar cerca de 1450 millones de euros, en la moneda de la época, durante 9 años, imponiendo también despidos y reducción de flota.Fue un proceso que preparo a la sociedad a la privatización. Más tarde se firmó un acuerdo con Swissair para que detentara el 35% del capital, que pasaria a control de la compañía Suiza. Señalar también que hace 5 años la compañía fue privatizada y un año después hubo un proceso de reversión de la privatización motivado por el cambio en el gobierno del país con la debida alianza de izquierdas. El gobierno hizo una maniobra pasando el 50 % del capital al estado, apareciendo como garante de operacion. Aún así está reversión mantiene el capital en manos privadas. En estos 5 años no hubo despidos, pero si un aumento descontrolado de flota.

¿Piensas que detrás de esto existe un plan internacional europeo bien claro?

Si, claramente. Como dije antes el plan de reestructuracion tiene relación con la autorización aprobada por la comisión europea el pasado 10 de junio, ahí se exigieron reglas a cumplir obligatoriamente: Reducción de flota y despidos. Pero más allá de esto antes se va acentuar el dominio de las grandes compañías especialmente Lufthansa y Ryanair que dominan la mitad del tráfico europeo y están en mejores condiciones por dimension y capacidad financiera de ganar mercado en la recuperación.

Pero Alitalia esta proponiendo el “modelo TAP” con el sector de Handling (no solamente) su contratando con participación accionarial de la empresa madre. ¿Que ha supuesto esto para los trabajadores de TAP subcontratados (GroundForce)?

El modelo TAP parece ser la liberalizacion, la precariedad y la sumisión al sector privado y la UE, con los trabajadores que se convierten en la para más débil. Además es un modelo que se parece cada vez más al bajo coste o un servicio de calidad inferior. Como he dicho el sector de Handling de TAP ha sido privatizado pero la sociedad madre ha mantenido el capital y ha sido el laboratorio de trabajo precario a través de agencias de trabajo temporal y proveedores de servicios que no deben  respeto ni siquiera  a la contratación colectiva:se ha descubierto que el trabajador a turnos recibe, a final de mes, poco más del salario mínimo.

Gracias de nuevo a Carlos, en nombre del grupo operativo nacional del Frente de Lucha No Austerity, pero también en el de los trabajadores de Alitalia,que os  enviamos nuestro pleno apoyo y solidaridad.